Pica: mania de comer substâncias não alimentares como terra
Comer terra e outras coisas não alimentares pode indicar um transtorno chamado pica; entenda causas, riscos e como procurar ajuda.
Você conheceu alguém que comeu terra, argila ou giz e ficou sem entender por que isso acontece. Isso tem nome: pica. Não é apenas uma curiosidade estranha. Pode ser sinal de problemas de saúde física ou emocional. Neste artigo eu vou explicar, de forma direta, o que é pica, por que ocorre, quais os riscos e o que fazer quando alguém perto de você tem esse comportamento.
Vou também dar orientações práticas para pais, cuidadores e profissionais. Prometo linguagem simples, exemplos reais e passos acionáveis. Se você está preocupado com um bebê que leva terra à boca, uma criança que mastiga papel ou um adulto com esse hábito, aqui encontrará informação útil.
O que este artigo aborda:
- O que é pica?
- Quem pode ter pica?
- Principais causas
- Riscos associados
- Como é feito o diagnóstico?
- Tratamentos e abordagens práticas
- Dicas práticas para pais e cuidadores
- Quando procurar ajuda profissional
- Exemplo real
- Prevenção a longo prazo
- Resumo e próximos passos
O que é pica?
Pica é o desejo persistente de ingerir substâncias que não são alimentos. Exemplos comuns incluem terra, argila, giz, papel, sabão e cinzas. O comportamento precisa durar pelo menos um mês e ser inadequado para a idade da pessoa para ser considerado pica.
Não se trata de um “gosto” passageiro. É uma mania ou compulso que pode causar problemas físicos e sociais.
Quem pode ter pica?
- Crianças pequenas: Exploração oral é comum, mas quando persistente ou envolvendo substâncias perigosas, pode ser pica.
- Gestantes: Algumas grávidas relatam vontade de comer terra ou gelo, o que pode indicar deficiência nutricional.
- Pessoas com deficiência intelectual: O comportamento é mais frequente em contextos de atraso cognitivo.
- Pessoas com transtornos alimentares ou psiquiátricos: Pica pode coexistir com outras condições mentais.
Principais causas
Não há uma causa única. Normalmente aparecem fatores mistos que combinam biologia, ambiente e comportamento.
- Deficiências nutricionais: Falta de ferro ou zinco pode estar ligada ao desejo por terra ou gelo.
- Curiosidade e imitação: Crianças pequenas experimentam objetos; se um adulto reforça isso, o hábito se instala.
- Estresse e ansiedade: Comer substâncias estranhas pode aliviar tensão em algumas pessoas.
- Condições médicas ou neurológicas: Certas doenças ou uso de medicamentos podem aumentar comportamentos repetitivos.
Riscos associados
Comer terra e outros materiais não alimentares não é inofensivo. Os riscos variam conforme a substância e a frequência.
- Intoxicação: Alguns materiais contêm metais pesados, parasitas ou produtos químicos perigosos.
- Obstrução intestinal: Papéis grossos, giz ou pedaços maiores podem bloquear o intestino.
- Infecções: Terra pode carregar ovos de parasitas ou bactérias.
- Desnutrição: Quando a pica substitui alimentos nutritivos, a saúde piora.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico começa com uma conversa e um histórico detalhado. O médico vai perguntar quando o comportamento começou, quais substâncias são ingeridas e com que frequência.
Exames comuns ajudam a identificar causas físicas, como:
- Hemograma: Avalia anemia e níveis de ferro.
- Exames de ferro e zinco: Confirmam deficiências minerais.
- Exames de fezes: Verificam parasitas ou sinais de infecção.
Tratamentos e abordagens práticas
O tratamento depende da causa. Muitas vezes é preciso combinar cuidados médicos e mudanças comportamentais.
- Tratar deficiências: Suplementos de ferro ou zinco podem reduzir o desejo por certas substâncias.
- Terapia comportamental: Técnicas de reforço positivo e substituição de hábitos funcionam bem em crianças.
- Ambiente seguro: Remover ou bloquear acesso a materiais perigosos é uma medida imediata e simples.
- Apoio psicológico: Quando a pica está ligada ao estresse, terapia pode ajudar a identificar gatilhos.
Dicas práticas para pais e cuidadores
Se seu filho come terra, comece com ações simples. Observe antes de reagir. Reações exageradas podem reforçar o comportamento.
- Observação: Note horários, situações e pessoas presentes quando o comportamento ocorre.
- Prevenção: Cubra áreas de brincadeira, mantenha o quintal limpo e guarde produtos perigosos fora do alcance.
- Reforço positivo: Elogie quando a criança brincar sem levar objetos à boca.
- Substituição: Ofereça alternativas seguras, como brinquedos sensoriais ou petiscos aprovados pelo pediatra.
Quando procurar ajuda profissional
Procure um médico se o comportamento for frequente, envolver substâncias perigosas ou houver sinais de anemia, dor abdominal ou perda de peso.
Em casos de gestantes com desejo intenso por terra ou gelo, converse com o obstetra. Às vezes é sinal de anemia que precisa ser tratada.
Exemplo real
Maria, mãe de um menino de 3 anos, notou que ele levava terra à boca toda vez que brincava no jardim. Depois de conversar com o pediatra, fizeram exames e descobriram baixa no ferro. Com suplementação e mudanças na rotina de brincadeiras, o hábito diminuiu em semanas.
Esse exemplo mostra que identificar a causa é o primeiro passo e que soluções simples podem trazer resultados rápidos.
Prevenção a longo prazo
Educar, observar e manter um ambiente seguro são as melhores estratégias para evitar que a pica se instale.
- Rotina alimentar equilibrada: Garantir ferro e outros nutrientes reduz risco de pica associada a deficiências.
- Supervisão adequada: Para crianças pequenas, supervisão reduz exposição a materiais perigosos.
- Intervenção precoce: Quanto antes for identificada, menores as chances de complicações.
Resumo e próximos passos
Pica, a mania de comer substâncias não alimentares como terra, pode ter causas físicas e emocionais. Avaliação médica, correção de deficiências e mudanças comportamentais costumam ser eficazes. Observe horários e gatilhos, proteja o ambiente e peça ajuda profissional quando necessário.
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