domingo, 14 de dezembro de 2025

A cidade agora busca formas de economizar

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[email protected] 2 dias atrás - 3 minutos de leitura

A cidade de Mainz enfrenta uma situação financeira complicada. Mesmo após o aumento de impostos, ajustes nas taxas e programas de cortes de gastos, o déficit continua crescendo. O secretário de Finanças, Günter Beck, e o prefeito Nino Haase apresentarão no próximo dia 17 de dezembro, em uma reunião extraordinária do conselho municipal, as ações necessárias para tornar o orçamento da cidade viável.

Como parte das novas estratégias para aumentar a receita, a cidade planeja implementar duas medidas a partir de 2026. A primeira delas é a criação de uma taxa de turismo, que deve gerar cerca de 2 milhões de euros no primeiro ano e 4 milhões no ano seguinte. A segunda medida envolve o aumento das taxas administrativas, que deverá trazer um acréscimo de aproximadamente 785 mil euros.

No orçamento de 2025, diversas medidas significativas já foram adotadas, incluindo o aumento do imposto sobre a propriedade, novos coeficientes para terrenos não construídos, elevação das taxas de estacionamento para residentes e ajustes nas taxas pagas pelos pais pelas refeições nas escolas.

Em relação às despesas, a cidade tomou decisões rigorosas. O contrato com o teatro será mantido inalterado, resultando em uma economia de 1,2 milhão de euros que poderia ter sido gasta. No setor de juventude e assistência social, os gastos foram reduzidos ao mínimo necessário. O apoio financeiro para a celebração do Carnaval de Rua também foi diminuído, gerando uma economia de 100 mil euros anuais. Além disso, haverá uma redução no número de pessoal dedicado a serviços de segurança, como os do mercado de Natal, para reduzir custos.

Apesar dessas ações, as economias geradas não são suficientes para eliminar o déficit estrutural. Em 2026, Mainz só poderá prosseguir com projetos de investimento já iniciados, devido a recursos limitados e à baixa disponibilidade de financiamento estadual. Esses investimentos estão concentrados em áreas essenciais, como educação, cultura e infraestrutura.

Especificamente, entre os investimentos estão obras em escolas, creches e modernizações em áreas esportivas e de segurança. As iniciativas incluem a construção de uma nova arena esportiva, melhorias na iluminação pública e adequações para garantir acessibilidade em pontos de parada.

O orçamento de 2026 apresenta um descompasso significativo entre despesas e receitas. As despesas são estimadas em cerca de 1,1 bilhão de euros, enquanto as receitas devem ficar em aproximadamente 946 milhões de euros, resultando em um déficit de cerca de 161,8 milhões de euros. A cidade tem enfrentado um declínio contínuo nas finanças nos últimos anos, com uma redução constante de seu capital desde 2009.

O aumento nos custos sociais é um desafio crescente, com estimativas de que as despesas no setor social possam aumentar entre 7,5% e 8% anualmente até 2029. A lacuna financeira projetada deve crescer de 227 milhões para 307 milhões de euros. Sem apoio financeiro adequado do governo federal e estadual, a situação pode se agravar.

Ao apresentar o orçamento, o secretário de Finanças fez um apelo ao conselho municipal, ressaltando que não conseguirá resolver todos os problemas ou completar todos os projetos. Ele enfatizou que as condições estão criadas, e cabe a todos aproveitá-las da melhor maneira possível.

O orçamento ficará disponível para consulta pública até o dia 16 de dezembro, permitindo que os cidadãos analisem e proponham sugestões. A votação final do orçamento está agendada para uma sessão extraordinária do conselho municipal no dia 14 de janeiro de 2026.

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