quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

Moraes refuta pressão pelo Master e nega atuação da esposa no BC

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[email protected] 23 horas atrás - 3 minutos de leitura

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, emitiu uma nota explicativa sobre suas reuniões com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Essa declaração foi feita na noite de terça-feira e complementa informações sobre os encontros entre eles.

Na nota, Moraes detalha que se reuniu com Galípolo em duas ocasiões em seu gabinete. A primeira reunião ocorreu no dia 14 de agosto, depois da implementação da Lei Magnitsky, que aconteceu no final de julho. A segunda reunião foi realizada no dia 30 de setembro, após essa lei ser aplicada a sua esposa, em setembro.

Moraes esclareceu que, em nenhum momento, foi discutido qualquer tipo de pressão relacionada à aquisição do Banco de Brasília (BRB) pelo Banco Master. Ele também afirmou que nunca esteve no Banco Central e não houve ligações telefônicas entre eles sobre esse ou outros assuntos. Além disso, o escritório de advocacia da esposa de Moraes confirmou que não atuou em nenhuma operação de aquisição entre o BRB e o Banco Master.

A Lei Magnitsky é uma norma americana que impõe restrições financeiras a pessoas estrangeiras acusadas de corrupção e violações de direitos humanos. Recentemente, tanto o ministro Moraes quanto sua esposa foram alvo dessas sanções, que foram posteriormente anuladas pelo governo dos Estados Unidos.

Em notas anteriores, Moraes e Galípolo confirmaram que se encontraram. O ministro também afirmou que, além de Galípolo, se reuniu com a presidente do Banco do Brasil e com os presidentes e vice-presidentes jurídicos de instituições financeiras como o Banco Itaú. O foco dessas reuniões era discutir as implicações da Lei Magnitsky, especialmente no que se refere à movimentação bancária e manutenção de contas e cartões.

Conforme informações divulgadas, Moraes teria procurado Galípolo em várias ocasiões, incluindo ligações telefônicas, para discutir o futuro da venda do Banco Master para o BRB. Durante uma dessas conversas, o ministro expressou interesse pelo dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, que está sob prisão domiciliar e enfrentando acusações de fraudes.

O maestro do Banco Central informou Moraes sobre fraudes identificadas envolvendo um repasse de créditos do Banco Master para o BRB, o que levou o ministro a reconhecer que a aprovação do negócio não seria viável caso as irregularidades fossem confirmadas.

Além disso, o escritório de advocacia da esposa de Moraes tinha um contrato de serviços com o Banco Master, que rendia uma quantia significativa, totalizando cerca de R$ 130 milhões. No entanto, tanto o Cade quanto o Banco Central informaram que não receberam solicitações de reuniões ou documentos relacionados ao banco de Vorcaro.

Em novembro, Vorcaro foi preso pela Polícia Federal durante uma investigação sobre essas fraudes, mas ficou detido por apenas 12 dias. A investigação agora está sob a responsabilidade do Supremo Tribunal Federal, sendo relatada pelo ministro Dias Toffoli.

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