quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

Inflação no Brasil em 2025: saiba o que subiu e desceu de preço

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[email protected] 22 segundos atrás - 3 minutos de leitura

Os dados mais recentes de dezembro de 2025 mostram como a inflação vem afetando o bolso dos brasileiros. A inflação acumulada nos últimos doze meses chegou a 4,41%, segundo informações do IPCA-15, que é a prévia da inflação calculada pelo IBGE.

Entre os setores com os preços mais altos, destacam-se Habitação, que teve um aumento de 6,69%; Educação, com alta de 6,26%; e Despesas pessoais, que subiu 5,86%. Em contrapartida, o grupo de Artigos de residência apresentou uma leve queda de 0,1%, aliviando um pouco os gastos.

Os especialistas apontam que o aumento nos preços da Habitação, especialmente em energia elétrica e aluguéis, tem pressionado os consumidores. Os aluguéis, por exemplo, estão com reajustes baseados em índices antigos, resultando em aumentos significativos, especialmente para contratos que venceram durante períodos de inflação alta. Isso gera um efeito contínuo no custo da Habitação.

A energia elétrica residencial é outro item que teve uma alta relevante. O clima adverso, com bandeira vermelha por um período prolongado, acabou impactando os preços. Atualmente, a energia elétrica está entre os 20 produtos que mais encareceram em 2025.

Falando dos itens que mais subiram de preço, destacam-se o transporte por aplicativo (45,38%), pimentão (29,93%) e joias (27,04%). O aumento dos preços dos aplicativos de transporte pode ser atribuído ao aumento da demanda e a problemas no transporte coletivo em grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, que agravaram a situação.

No setor alimentício, o café, tanto na versão solúvel quanto no tradicional, também teve aumento expressivo. Fatores como clima desfavorável, demanda global alta e questões específicas do Brasil contribuíram para esse aumento. O mesmo aconteceu com frutas como a manga e o pimentão, que enfrentaram queda na oferta devido a mudanças climáticas.

Curiosamente, itens como jogos de azar também subiram 15,17%. Embora isso não afete diretamente o dia a dia da maioria das pessoas, a procura por esses produtos aumentou, segundo analistas.

Vale ressaltar que o grupo alimentação, que anteriormente era um dos principais vilões da inflação, está se comportando de maneira diferente. Alguns alimentos básicos, como arroz e tipos de feijão, estão agora caindo de preço. As condições climáticas mais favoráveis e a valorização do câmbio, que passou de R$ 6,30 para perto de R$ 5,50, também estão ajudando a estabilizar os preços.

Para 2026, os especialistas alertam que poderemos ver uma mudança nos preços. A expectativa é de que a inflação no setor de alimentação permaneça baixa, mas os serviços podem apresentar uma alta moderada. Isso se deve à força do mercado de trabalho e à resistência da inflação de serviços, que continua a crescer mesmo com o aumento das taxas de juros.

Serviços como cabeleireiro e mecânico estão enfrentando reajustes significativos. Enquanto a inflação geral está perto de 4,4%, a inflação de serviços tem estado em torno de 6% desde agosto, sem sinais de diminuição. Esses dados destacam a complexa situação econômica que o Brasil enfrenta e a necessidade de atenção às variações de preços em diferentes setores.

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