Vitalik Buterin, cofundador da Ethereum, defendeu o Grok, o chatbot da startup xAI de Elon Musk, em meio a críticas. Segundo Buterin, a funcionalidade do Grok de interagir no Twitter contribui para a veracidade das informações na plataforma, destacando-se como um avanço positivo, ao lado das Community Notes.
Buterin ressalta que a principal característica do Grok é a imprevisibilidade de suas respostas. Ele observou que muitos usuários buscam validação para suas opiniões políticas extremas, mas, em vez disso, recebem respostas que os fazem refletir. Ele qualificou o Grok como uma melhoria incondicional para o Twitter, embora tenha alertado para alguns riscos. O chatbot é ajustado de acordo com as opiniões de um grupo restrito de usuários e de Musk, que influencia suas respostas.
Em novembro, surgiram preocupações sobre viés no Grok, que superestimou as qualidades de Musk, afirmando que ele seria mais forte que Mike Tyson, mais atraente que Brad Pitt e mais engraçado que Jerry Seinfeld. O chatbot também fez comparações questionáveis, afirmando que Musk é mais resistente devido às pressões de gerenciar várias empresas e sua paternidade.
Musk atribuiu esses erros a “prompts hostis”, que são perguntas distorcidas de forma intencional. Esse episódio gerou discussões dentro da indústria de criptomoedas sobre a necessidade de descentralização da inteligência artificial, uma vez que a concentração de poder em uma única empresa pode levar a um viés algorítmico institucionalizado, de acordo com Kyle Okamoto, CTO da plataforma de nuvem Aethir.
Além disso, o Grok enfrentou problemas de privacidade, com um vazamento de 370 mil conversas de usuários para o Google em agosto. Em setembro, o chatbot também foi ensinado a disponibilizar links de fraudes. Em dezembro, voltou a gerar polêmica ao disseminar informações erradas sobre um tiroteio em Bondi Beach, na Austrália.
Em maio, xAI e Telegram firmaram uma parceria de um ano para distribuir o Grok entre os usuários do aplicativo de mensagens e integrá-lo em “todas as aplicações”.