quarta-feira, 31 de dezembro de 2025

Chefe de polícia de West Midlands enfrenta polêmica sobre banimento de torcedores

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[email protected] 13 horas atrás - 3 minutos de leitura

O chefe da polícia de West Midlands, Craig Guildford, será questionado novamente pela comissão de assuntos internos do Parlamento, no dia 6 de janeiro. A sua posição está em risco devido a alegações de que ele teria enganado o Parlamento em relação à proibição da presença de torcedores israelenses em um jogo de futebol em Birmingham. Essa decisão foi tomada por causa de preocupações sobre possíveis atos de antisemitismo.

A controvérsia começou em novembro, quando fãs do time Maccabi Tel Aviv foram impedidos de assistir à partida contra o Aston Villa, devido a temores de violência e incitação racial. Embora a decisão final tenha sido emitida por um grupo de segurança liderado pela prefeitura de Birmingham, a polícia foi acusada de recomendar a proibição.

Guildford tem enfrentado críticas sobre sua gestão da situação. Líderes comunitários e políticos, incluindo o Primeiro-Ministro Keir Starmer, questionaram se a proibição representa uma falha em proteger a comunidade judaica. Além disso, o Secretário do Interior, Shabana Mahmood, ordenou uma investigação sobre as informações que justificaram a ação.

A Polícia Independente de Conduta Policial também entrou no caso, buscando garantias sobre as avaliações que sustentaram a decisão de proibir os torcedores. Apesar de afirmar que não está considerando deixar o cargo, é evidente que Guildford sente a pressão sobre sua liderança.

Os torcedores do Maccabi Tel Aviv têm um histórico de violência, semelhante ao de torcidas extremistas de outros times europeus, e suas ações foram alvo de preocupação, especialmente após a recente escalada de tensões geopolíticas. Informações obtidas durante uma videoconferência informaram preocupações significativas sobre o comportamento dos fãs, destacando que o evento poderia provocar conflitos.

Em um comunicado escrito ao grupo de segurança, a polícia expressou que o jogo apresentava “desafios complexos e sensíveis”, mencionando que a presença do time israelense, somada à situação política atual, elevava os riscos. Eles solicitaram que fosse feita uma revisão da capacidade do estádio e da presença de torcedores visitantes.

A resposta da prefeitura a esse pedido, assim como a documentação e as reuniões relacionadas ao processo decisório, não foram divulgadas por questões legais. Além disso, mesmo com críticas de políticos locais e do líder da câmara municipal, a administração não confirmou quem participou da decisão final.

Após a proibição, surgiram protestos em Birmingham, envolvendo grupos a favor e contra Israel. Apesar do clima tenso, o jogo ocorreu sem grandes incidentes. Desde então, a UEFA multou o Maccabi Tel Aviv devido ao comportamento inadequado de seus torcedores em outro jogo na Alemanha.

Existem acusações contra Guildford, como falta de transparência e pressões externas que teriam influenciado a decisão de proibição. Críticos apontam que a polícia não considerou alternativas, enquanto representantes do time israelense afirmam não ter intenção de permitir a presença de torcedores radicais.

A defesa do chefe de polícia destaca que ele atuou em papel consultivo e que a decisão final não foi exclusivamente dele, mas de um grupo que incluía várias agências e serviços locais. Além disso, o suporte de entidades de fiscalização policial e a lamentação por ações violentas de torcedores radicais são mencionados como justificativas para a recomendação da proibição.

O caso se transforma em um debate que envolve questões políticas e sociais delicadas, refletindo tensões em torno do conflito israelense-palestino e a dinâmica da comunidade em Birmingham. A resposta da comunidade judaica local e a postura da comissão de crimes são elementos cruciais que podem influenciar o futuro de Guildford na polícia.

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