segunda-feira, 01 de dezembro de 2025

CPMI do INSS ouve gestores investigados por fraude na terça

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[email protected] 2 semanas atrás - 2 minutos de leitura

A ex-presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (Aapen), a advogada Cecília Rodrigues Mota, será ouvida pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS na próxima terça-feira, dia 18, às 10 horas. Cecília também liderou a Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB). Ambas as entidades estão sendo investigadas pela Operação Sem Desconto, que é realizada pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU). A investigação apura a ocorrência de descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas associados.

O senador Izalci Lucas, do PL do Distrito Federal, que solicitou a convocação de Cecília, afirma que a Aapen e a AAPB estão sob um pedido de bloqueio de bens no valor de R$ 2,56 bilhões. Essa medida foi solicitada pela Advocacia-Geral da União (AGU) devido a graves violações da Lei Anticorrupção. Ele considera fundamental ouvir Cecília para entender como essas entidades funcionavam sob sua direção e qual papel elas desempenharam nos problemas enfrentados pelos beneficiários.

Carlos Viana, presidente da CPMI e senador do Podemos de Minas Gerais, também fez um requerimento para investigar possíveis associações de fachada. Essas entidades estariam supostamente atuando de maneira irregular, intermediando benefícios junto ao INSS.

A CPMI também convocou João Carlos Camargo Júnior, sócio administrador da Mkt Connection Group. O deputado Paulo Pimenta, do PT do Rio Grande do Sul, mencionou a transferência de grandes valores da Amar Brasil, que é investigada por aplicar descontos não autorizados nos benefícios do INSS, para a empresa de Camargo. Destaca-se que a Mkt Connection Group foi criada em 12 de dezembro de 2022, apenas um mês depois do acordo de cooperação técnica assinado entre a Amar Brasil e o INSS.

Além disso, o deputado Evair Vieira de Melo, do PP do Espírito Santo, indicou em seu requerimento que os documentos analisados sugerem indícios de lavagem de dinheiro, ocultação de bens e uso de empresas para disfarçar a origem de recursos ilícitos.

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