segunda-feira, 01 de dezembro de 2025

Trump negocia com Putin enquanto Zelenski busca acordo

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[email protected] 5 dias atrás - 4 minutos de leitura

O governo dos Estados Unidos continua a intensificar os esforços diplomáticos para encerrar a Guerra da Ucrânia. Nesta terça-feira, o presidente americano anunciou que enviará Steve Witkoff, um de seus negociadores, para se reunir com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou. Essa reunião tem como objetivo discutir o andamento das negociações de paz.

Além disso, o secretário do Exército, Dan Driscoll, fará uma visita à Ucrânia para se reunir com autoridades em Kiev. Embora a data exata do encontro não tenha sido divulgada, espera-se que ocorra nesta quarta-feira. Antes disso, Andrii Iermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano Volodimir Zelenski, afirmou que Zelenski está disposto a se encontrar com o presidente americano para finalizar uma proposta de paz até esta quinta-feira, dia 27, que coincide com o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos.

Trump expressou seu desejo de se encontrar com Zelenski e Putin, mas deixou claro que isso só acontecerá quando um acordo para acabar com a guerra estiver em estágios avançados. Enquanto isso, as autoridades russas têm demonstrado descontentamento com as mudanças feitas em um plano inicial, com 28 pontos, que era considerado favorável ao Kremlin. As modificações foram introduzidas após discussões recentes.

Para avançar nas negociações, os Estados Unidos organizaram uma reunião não anunciada em Abu Dhabi. Inicialmente, havia indicações de que representantes da Ucrânia também estavam presentes, mas posteriormente fontes afirmaram que apenas representantes russos participaram da conversa. Detalhes específicos sobre o que foi discutido ainda não foram revelados, exceto que o governo americano falou em “progresso”.

Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, comentou que ainda existem questões delicadas que precisam ser debatidas, mas que são passíveis de serem resolvidas. Os ucranianos têm demonstrado resistência principalmente em relação à perda de território, um ponto que os Estados Unidos consideram crucial para qualquer acordo.

Driscoll, que se juntou recentemente à equipe do governo, está atuando como intermediário no processo de negociação. Sua presença pode indicar que a Rússia será mais ouvida nas discussões, especialmente após as reações da Ucrânia ao plano anterior. O texto foi elaborado com a ajuda de Witkoff e do consultor russo Kirill Dmitriev, com consultoria de Jared Kushner.

Na sequência, no domingo, o secretário de Estado dos EUA se reuniu com representantes ucranianos em Genebra, onde uma versão modificada da proposta foi apresentada. No entanto, a Rússia rejeitou as alterações. O assessor de Putin, Iuri Uchakov, declarou que algumas mudanças sugeridas, como o congelamento das frentes de batalha, são inaceitáveis. O chanceler russo, Serguei Lavrov, também reiterou essa posição e enfatizou que qualquer proposta deve refletir os termos discutidos em um encontro anterior entre Trump e Putin.

Por outro lado, Zelenski afirmou que concorda com a essência do que foi discutido em Genebra. Enquanto isso, aliados europeus do governo ucraniano se reuniram por videoconferência para avaliar os próximos passos nas negociações.

Na mesma terça-feira, a Rússia lançou um ataque aéreo que envolveu 486 mísseis e drones contra várias regiões da Ucrânia, com foco em Kiev e no porto de Odessa. Este ataque resultou na morte de pelo menos sete pessoas em Kiev e deixou 13 feridas, além de causar blecautes em diversas áreas da cidade e em outras regiões.

O Ministério da Defesa da Ucrânia alegou que esses ataques são uma retaliação aos ofensivas ucranianas contra o território russo. A Rússia concentrou seus ataques na infraestrutura energética, causando falta de eletricidade nas regiões de Odessa, Sumi e Dnipropetrovsk.

Drones ucranianos também penetraram o espaço aéreo da Romênia, visando o porto de Ismail, o que levou os militares romenos a mobilizarem caças para interceptá-los, sem que houvesse feridos. Por sua vez, as forças ucranianas relataram ataques a uma refinaria russa e um terminal de petróleo no porto de Novorossiysk, além de um ataque a uma base aérea na Rússia. Imagens enviadas para as redes sociais mostram a defesa aérea em ação na região.

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