quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Anosmia: perda total do olfato após infecções virais

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[email protected] 1 semana atrás - 4 minutos de leitura
Anosmia: perda total do olfato após infecções virais
Anosmia: perda total do olfato após infecções virais

Entenda por que a perda de cheiro acontece depois de resfriados e gripes, como identificar e o que fazer para recuperar o olfato.

Perder o cheiro de repente é assustador. Você come, bebe e nada tem sabor, e às vezes nem percebe riscos como gás ou fumaça. Este artigo explica, de forma direta, a anosmia: perda total do olfato após infecções virais. Vou mostrar causas, como é feito o diagnóstico e opções práticas de tratamento que realmente valem a pena tentar.

Se você teve uma infecção viral recente e ficou sem cheiro, não está sozinho. A anosmia pós-viral é uma das causas mais comuns de perda olfativa. Aqui você encontrará informações para conversar com seu médico e passos simples que pode começar hoje.

O que este artigo aborda:

O que é anosmia pós-viral?

Anosmia significa ausência total do olfato. Quando isso acontece após um resfriado, gripe ou outra infecção viral, chamamos de anosmia pós-viral.

Vírus podem inflamar as vias nasais e afetar os neurônios do olfato. Em alguns casos a recuperação ocorre em semanas. Em outros, pode demorar meses ou precisar de intervenção médica.

Por que infecções virais causam perda do olfato?

Existem duas formas principais de dano causado por vírus.

  • Inflamação nasal: Edema e muco bloqueiam as moléculas odoríferas de alcançarem os sensores olfativos.
  • Dano neurológico: O próprio tecido que detecta cheiros pode ser afetado, reduzindo a capacidade de reconhecimento das substâncias odoríferas.

Nem todo vírus afeta da mesma forma. Alguns tipos virais têm maior propensão a provocar anosmia persistente.

Sintomas que acompanham a anosmia

A perda do olfato costuma vir acompanhada de outros sinais.

  • Perda do paladar: O gosto fica “chapado” porque olfato e paladar trabalham juntos.
  • Congestão nasal: Sensação de nariz entupido mesmo sem muito muco.
  • Distorção de cheiros: Quando os cheiros voltam, podem vir alterados, um fenômeno chamado parosmia.

Como é feito o diagnóstico?

Procure um otorrinolaringologista se a perda do olfato durar mais do que duas semanas ou vier acompanhada de outros sinais preocupantes.

O médico fará exame físico, endoscopia nasal e, se necessário, testes específicos do olfato. Em alguns casos, pode pedir exames de imagem como tomografia ou ressonância para excluir causas estruturais.

Testes comuns

  • Testes olfativos: Kits padronizados que medem detecção e identificação de odores.
  • Endoscopia nasal: Avalia inflamação, pólipos e obstruções.
  • Imagem por raio: Quando há suspeita de lesão neurológica ou problema estrutural.

Tratamentos e medidas práticas

Nem toda anosmia exige remédio forte. Muitas medidas simples ajudam na recuperação.

  1. Treino olfativo: Praticar a exposição controlada a cheiros comuns (por exemplo, cítrico, floral, picante e amadeirado) duas vezes ao dia por meses pode melhorar a recuperação.
  2. Controle da inflamação: Descongestionantes tópicos ou sprays nasais com corticoide podem ser indicados pelo médico para reduzir edema.
  3. Cuidados com a higiene nasal: Lavagens com solução salina ajudam a manter as vias limpas e reduzir o muco bloqueador.
  4. Reavaliação médica: Se não houver melhora em 3 meses, fale com o especialista sobre exames adicionais e opções medicamentosas.

O que evitar

  • Uso prolongado de descongestionantes tópicos: Pode causar efeito rebote e piorar o quadro.
  • Ignorar sinais de alerta: Perda olfativa acompanhada de dor intensa, sangramento nasal ou sinais neurológicos exige avaliação imediata.

Prognóstico: quanto tempo até melhorar?

A recuperação varia. Muitas pessoas recuperam parcialmente ou totalmente em semanas a meses. Em alguns casos a recuperação é lenta e parcial.

Fatores que influenciam a melhora incluem idade, gravidade da infecção e a rapidez com que o tratamento foi iniciado. O treino olfativo apresenta evidências de benefício em estudos clínicos e é uma das recomendações mais práticas que você pode começar em casa.

Quando procurar ajuda urgente?

Consulte o serviço de saúde se houver:

  • Perda súbita e total do olfato sem sinais de resfriado;
  • Sintomas neurológicos como fraqueza, confusão ou perda de visão;
  • Sangramento nasal contínuo ou dor facial intensa.

Dicas práticas para o dia a dia

Algumas mudanças simples melhoram segurança e qualidade de vida enquanto o olfato estiver prejudicado.

  • Instale detectores: Tenha detector de fumaça e de gás funcional em casa.
  • Rotule alimentos: Marque os prazos de validade para evitar consumir alimentos estragados.
  • Use texturas e sabores fortes: Pimenta, limão e ervas ajudam a perceber melhor a comida.

Se você percebeu a anosmia: perda total do olfato após infecções virais, os passos mais úteis são procurar avaliação médica, começar o treino olfativo e manter cuidados nasais regulares. Muitas pessoas melhoram com essas medidas e com o tempo. Para saber mais e acompanhar novidades sobre saúde, acesse mais conteúdos como este.

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