quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Destino dos R$ 41 bilhões em CDBs do Master

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[email protected] 16 segundos atrás - 2 minutos de leitura

Plataformas e assessores de investimento estão se preparando para os R$ 41 bilhões que será injetado no mercado com o pagamento do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) aos investidores de CDBs do Banco Master, que foi liquidado em novembro.

Um executivo de uma das principais assessorias do Brasil comentou que nem todos os mercados têm capacidade de absorver esse montante. Para entender a relevância do valor, o volume diário de negócios da B3, a bolsa de valores brasileira, gira em torno de R$ 25 bilhões. O mercado secundário de debêntures movimenta aproximadamente R$ 3 bilhões diários, enquanto os títulos públicos têm uma negociação média de R$ 15 bilhões por dia.

A previsão é que a maioria dos recursos recebidos do FGC seja direcionada para crédito privado e títulos públicos. No entanto, o fluxo de investimentos para esses mercados deve ser significativo, o que depende da regularização dos cadastros dos investidores. Se isso ocorrer, as taxas de juros no mercado podem se reduzir novamente.

O mesmo executivo alertou que não há produtos suficientes para acomodar essa demanda crescente. Para alguns assessores, uma opção a ser sugerida aos clientes é investir parte dos recursos em fundos imobiliários, que possivelmente serão favorecidos pela esperada redução da taxa Selic em 2026. Dado que este mercado possui baixa liquidez, com cerca de R$ 300 milhões em negociações diárias, até mesmo pequenas quantidades de investimento podem resultar em uma valorização das cotas.

Por outro lado, a Bolsa de Valores está sendo considerada uma alternativa menos atrativa no momento. Um CEO de uma assessoria afirmou que não vão sugerir investimentos em ações para os clientes que estão se familiarizando com o FGC, evitando assim mais incertezas. Após uma valorização de 33% do Ibovespa neste ano, a expectativa de um período potencialmente volátil diminuiu o interesse dos investidores em ações.

Um assessor mencionou que, apesar de terem recomendado a compra de ações ao longo do ano, a adesão foi baixa. Agora, a estratégia será evitar indicações em um momento em que muitos investidores podem ficar apreensivos com a volatilidade do mercado.

Os recursos do FGC devem ser liberados cerca de 30 dias úteis após a liquidação do Banco Master, que ocorreu em 18 de novembro. É importante ressaltar que o rendimento dos CDBs é considerado apenas até a data da liquidação.

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