quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Disfagia: dificuldade em engolir alimentos sólidos e líquidos

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[email protected] 1 semana atrás - 4 minutos de leitura
Disfagia: dificuldade em engolir alimentos sólidos e líquidos
Disfagia: dificuldade em engolir alimentos sólidos e líquidos

Saiba identificar causas, sintomas e soluções práticas para quem tem dificuldade ao engolir, melhorando a alimentação e a segurança.

Engolir é algo tão natural que só percebemos quando falha. Se você ou alguém próximo sente que comida ou líquido “trava” ao engolir, isso merece atenção. A disfagia pode afetar a qualidade de vida e trazer riscos como engasgo e desnutrição.

Neste artigo eu explico de maneira clara o que é disfagia, por que ela acontece, como identificar sinais de alerta e quais medidas tomar já no dia a dia. Também trago passos práticos para comer com mais segurança e quando procurar um especialista.

O que este artigo aborda:

O que é disfagia: dificuldade em engolir alimentos sólidos e líquidos?

Disfagia é o termo médico para a dificuldade de engolir. Ela pode envolver alimentos sólidos, líquidos ou ambos. A sensação varia: desconforto, dor, sensação de alimento preso ou tosse frequente durante a refeição.

Nem toda sensação de ardência no peito é disfagia, mas quando o problema persiste é importante investigar. A disfagia pode surgir de causas simples ou de condições mais sérias que exigem tratamento.

Principais causas

  • Problemas musculares: Doenças neuromusculares como AVC, Parkinson ou esclerose múltipla afetam os músculos envolvidos na deglutição.
  • Obstruções: Inflamações, tumores ou refluxo podem estreitar o esôfago e dificultar a passagem de alimentos.
  • Idade: Com o envelhecimento, a força e coordenação da deglutição podem diminuir.
  • Cirurgias e radioterapia: Intervenções na cabeça, pescoço ou tórax podem alterar a anatomia e a função deglutória.

Sintomas mais comuns

Os sinais podem ser sutis ou óbvios. Preste atenção nestes sintomas:

  • Sensação de alimento preso: Dificuldade de o alimento passar pela garganta ou tórax.
  • Tosse ou engasgo: Especialmente ao tentar beber líquidos.
  • Rouquidão após comer: Voz alterada pode indicar aspiração.
  • Perda de peso: Evitar comer leva a desnutrição.
  • Febre recorrente: Pneumonia por aspiração pode ocorrer com frequência.

Como é feito o diagnóstico?

O médico começa com histórico e exame físico. Perguntas sobre alimentos que causam dificuldade e hábitos alimentares são essenciais.

Alguns exames comuns:

  1. Videofluoroscopia: Estudo por imagem enquanto a pessoa engole, útil para entender movimento e segurança.
  2. Endoscopia: Permite visualizar o esôfago e verificar obstruções.
  3. Manometria: Mede pressão e coordenação do esôfago.

Tratamentos e abordagens

O tratamento depende da causa. Em alguns casos mudanças na dieta e exercícios de deglutição bastam. Em outros, procedimentos médicos são necessários.

  • Reabilitação com fonoaudiólogo: Exercícios e técnicas para melhorar a coordenação de deglutição.
  • Alteração da textura dos alimentos: Alimentos mais moles ou líquidos espessados podem reduzir risco de aspiração.
  • Medicamentos ou cirurgia: Para tratar refluxo, inflamação ou remover obstruções.

Como adaptar as refeições no dia a dia

Pequenas mudanças trazem grande diferença. Veja medidas práticas que ajudam já nas próximas refeições.

  1. Consistência adequada: Experimente alimentos pastosos antes de sólidos. Líquidos muito finos podem ser problemáticos.
  2. Mastigar devagar: Pequenos bocados e mastigar bem reduzem a chance de engasgo.
  3. Posição durante a refeição: Sentar ereto e manter o queixo levemente inclinado para baixo ajuda o trânsito do alimento.
  4. Ambiente sem pressa: Comer em silêncio e sem distrações melhora a atenção ao ato de engolir.

Exercícios simples recomendados por fonoaudiólogos

Algumas técnicas podem ser praticadas diariamente para fortalecer a deglutição. Sempre consulte um profissional antes de começar.

  • Exercício de deglutição voluntária: Engolir com cuidado várias vezes seguidas para treinar coordenação.
  • Ativação do queixo: Levar queixo ao peito antes de engolir para proteger as vias aéreas.
  • Treino de resistência: Mastigar alimentos controlados para fortalecer os músculos mastigatórios.

Quando buscar ajuda médica urgente

Procure atendimento se houver dificuldade súbita para engolir, saliva excessiva, sufocamento ou dificuldade para respirar durante refeições. Esses sinais podem indicar risco imediato.

Também busque avaliação se houver perda de peso inexplicada ou febre após engolir, sinais que podem indicar aspiração ou infecção.

Dicas finais para cuidadores

Se você cuida de alguém com disfagia, pequenas observações ajudam: anote alimentos que causam problema, o momento do dia e reações. Isso facilita o diagnóstico.

Ofereça líquidos em pequenas quantidades e aprenda técnicas seguras de alimentação com um fonoaudiólogo. A supervisão pode prevenir episódios graves.

Concluindo, entender o que é Disfagia: dificuldade em engolir alimentos sólidos e líquidos ajuda a agir rápido e com segurança. Identificar sintomas, procurar avaliação e ajustar a alimentação já reduzem riscos. A palavra-chave aqui é atenção: observar, adaptar e tratar para manter nutrição e evitar complicações.

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