O Internacional enfrenta quatro ações judiciais movidas pelo empresário Delcir Sonda, que somam R$ 60,5 milhões. Essa informação foi confirmada recentemente por uma fonte de imprensa. Dentre essas ações, duas estão diretamente relacionadas à contratação do jogador argentino Andrés D’Alessandro em 2008. Segundo relatos, Delcir participou ativamente das negociações, e uma de suas empresas arcou com os custos da transferência do atleta para o clube gaúcho, adquirindo os direitos econômicos do jogador.
O acordo estabelecia que o valor investido seria reembolsado em caso de uma futura venda de D’Alessandro, o que não ocorreu. Em 2021, o então presidente do Internacional, Marcelo Medeiros, reconheceu a dívida em juízo, estimando-a em R$ 18,9 milhões, o equivalente a cerca de € 3 milhões na época.
Parte desse valor, no montante de R$ 8,2 milhões, foi transferida para a Icipar Empreendimentos e Participações S.A., que passou a cobrar a quantia do clube. Em 2023, o Internacional e a empresa firmaram um novo acordo de pagamento, que previa 50 parcelas mensais de aproximadamente R$ 200 mil. No entanto, o clube quitou apenas cinco das parcelas entre outubro e junho daquele ano.
Com o não cumprimento do acordo, a empresa entrou com uma nova ação judicial, requerendo R$ 16,4 milhões, incluindo juros e multas. A outra parte da dívida relacionada a D’Alessandro envolve a empresa Displan, também de Delcir Sonda, que acionou a Justiça em janeiro de 2025 para cobrar R$ 13,7 milhões do Internacional.
Além disso, a Displan possui outros dois processos contra o clube, referentes a empréstimos concedidos em 2018, sendo um deles de R$ 10 milhões e o outro de R$ 2,6 milhões. Os valores cobrados somam R$ 60,5 milhões e superam os valores originais das dívidas, devido à correção ao longo do tempo com a aplicação de juros, multas e honorários advocatícios.