As decisões que os países tomam em relação à regulação da Inteligência Artificial (IA) terão um impacto significativo nas áreas geopolítica e econômica. A União Europeia está avançando com a proposta da Lei de IA, que pode se tornar um exemplo de regulação excessivamente restritiva. Embora essa legislação busque proporcionar um ambiente seguro para os detentores de direitos, ela pode limitar a inovação local. Isso pode favorecer um pequeno grupo de grandes empresas globais que têm condições financeiras de arcar com os custos altos de licenciamento.
Por outro lado, uma abordagem que permita o uso irrestrito da IA, sem qualquer tipo de compensação aos criadores de conteúdo, pode ter consequências negativas a longo prazo. Essa falta de compensação financeira pode prejudicar quem produz conteúdo original e de qualidade, essencial para alimentar os sistemas de IA. O desafio, portanto, é encontrar um ponto de equilíbrio que permita tanto a inovação tecnológica quanto a prosperidade da economia criativa.
Construir um ecossistema que sustente essas duas esferas é fundamental para garantir que a IA continue a trazer benefícios sem comprometer os direitos dos criadores de conteúdo e a diversidade de inovações que surgem em um ambiente mais competitivo e justo.