segunda-feira, 01 de dezembro de 2025

Médico com 750 mil seguidores é investigado por remédios ilegais

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[email protected] 3 dias atrás - 2 minutos de leitura

O médico Gabriel Almeida, conhecido nas redes sociais e com quase 750 mil seguidores, é um dos alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga um grupo envolvido na produção e venda ilegal de medicamentos injetáveis para emagrecimento. A ação, chamada Operação Slim, foi realizada na manhã de quinta-feira e abrange quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco.

Almeida se apresenta como médico, escritor, palestrante, professor e empresário. Ele é autor de diversos livros sobre o tema emagrecimento e é proprietário do consultório Núcleo GA localizado na Avenida Brasil, na área dos Jardins, em São Paulo. Sua clínica também possui unidades em outros estados, incluindo Bahia e Pernambuco.

Em suas redes sociais, Almeida costuma postar vídeos sobre a tirzepatida, um princípio ativo presente em medicamentos como Mounjaro e Ozempic, usados no tratamento do diabetes e da obesidade. Recentemente, ele postou sobre a possível eficácia dessa substância em redução de vícios.

As investigações da Polícia Federal revelaram que Almeida fazia parte de um grupo que fabricava e distribuía tirzepatida de maneira irregular. A organização montou um esquema fora dos padrões da legislação sanitária, realizando tarefas como envase, rotulagem e distribuição dos produtos sem os devidos cuidados.

Após serem fabricados, os medicamentos eram vendidos em plataformas digitais, sem controle de qualidade, esterilidade ou rastreabilidade. A polícia ainda destacou que o grupo usava estratégias de marketing digital enganoso para fazer o público acreditar que a produção da tirzepatida era legítima.

A Operação Slim tem como objetivo cumprir 24 mandados de busca e apreensão em clínicas, laboratórios, estabelecimentos comerciais e residências relacionadas aos investigados. Durante a ação, a PF encontrou indícios de produção industrial desses medicamentos.

De acordo com a polícia, o objetivo da operação é identificar os responsáveis pela cadeia de produção e distribuição, além de recolher documentos, equipamentos e insumos para análise laboratorial e perícia técnica dos materiais apreendidos. A ação conta com o apoio da Anvisa e das Vigilâncias Sanitárias dos estados envolvidos.

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