As autoridades da Malásia decidiram recomeçar as buscas pelo desaparecido voo da Malaysia Airlines, que sumiu há 11 anos. A operação está programada para iniciar no dia 30 de dezembro e deverá durar 55 dias. A responsabilidade pela busca ficará a cargo da empresa britânica Ocean Infinity.
O governo malaio informou que o trabalho de busca será realizado em uma área de 15 mil quilômetros quadrados no fundo do oceano. A Ocean Infinity receberá 70 milhões de dólares, mas a compensação só será paga se o destroço do avião for encontrado.
Ainda não foram divulgadas informações detalhadas sobre a localização exata das buscas. As autoridades mencionaram que os esforços se concentrarão em uma região com maior probabilidade de encontrar o avião.
Em 2018, a Ocean Infinity já havia tentado localizar o avião, mas a operação de três meses não teve sucesso.
O voo MH370, um Boeing 777-200ER, desapareceu durante um trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim em 8 de março de 2014, com 12 membros da equipe e 227 passageiros a bordo. Durante a busca inicial, foram mobilizadas equipes da Malásia, China e Austrália, que, em um esforço conjunto, exploraram cerca de 120 mil quilômetros quadrados do fundo do mar na região do sul do Oceano Índico. Essa busca foi encerrada em janeiro de 2017 e resultou na descoberta de alguns destroços do avião, mas não conseguiu localizar as caixas pretas.
Um relatório divulgado por investigadores não revelou a causa do acidente. O inquérito oficial da Malásia mostrou que o avião foi manualmente desviado de sua rota, mas não identificou se isso foi uma ação voluntária do piloto ou de uma interferência externa. A hipótese de falha mecânica foi descartada, mas não se exclui a possibilidade de interferência de terceiros.