sábado, 20 de dezembro de 2025

Padre Marcelo Rossi é investigado pelo Vaticano por 10 anos

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[email protected] 39 segundos atrás - 2 minutos de leitura

Padre Marcelo Rossi, conhecido no Brasil como uma importante figura religiosa, enfrentou uma séria investigação por parte do Vaticano entre o final dos anos 1990 e 2009. Ele se destacou como um dos padres mais populares do país, sendo autor de um dos CDs mais vendidos da história. Sua presença constante em programas de televisão dominicais, como “Domingo Legal” e “Domingão do Faustão”, foi um dos fatores que geraram controvérsias.

A investigação foi iniciada após uma denúncia anônima feita por um religioso. As acusações incluíam críticas ao seu estilo considerado exibicionista, ao que alguns chamavam de culto ao personalismo, e alegações de que suas missas se assemelhavam a um “circo”. O Dicastério para a Doutrina da Fé, órgão responsável por essas análises, estava sob a liderança de Joseph Ratzinger, que mais tarde se tornaria o Papa Bento XVI. Durante esse período, os membros da congregação recebiam regularmente gravações das apresentações de Padre Marcelo na televisão, que na época eram marcadas por polêmica e busca por audiência.

Entre 2004 e 2005, tanto Padre Marcelo quanto seu bispo, Dom Fernando, estavam perto de serem convocados para prestar esclarecimentos ao Vaticano. No entanto, a morte do Papa João Paulo II em 2005 adiou quaisquer punições, já que a atenção da Igreja se voltou para a transição de liderança. De acordo com as informações, Padre Marcelo estava próximo de ser punido e, se isso tivesse ocorrido, ele seria impedido de celebrar missas, ouvir confissões ou publicar CDs e livros.

Além disso, em 2007, durante a visita do Papa Bento XVI ao Brasil, Padre Marcelo estava ansioso para se encontrar com o pontífice, mas foi impedido por membros da comitiva papal. Eles argumentaram que a presença do Papa ao lado de alguém sob investigação poderia não ser apropriada. Inicialmente, Padre Marcelo negou a proibição, mas anos depois admitiu que realmente não pôde se encontrar com Bento XVI.

Finalmente, em 2009, as investigações foram encerradas e Padre Marcelo foi inocentado de todas as acusações. No ano seguinte, ele teve a oportunidade de se encontrar com o Papa Bento XVI novamente e recebeu um reconhecimento como Evangelizador Moderno. Na época em que a matéria foi divulgada, a assessoria de imprensa do religioso não tinha conhecimento da denúncia que motivou a investigação.

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