A tenista bielorrussa Aryna Sabalenka, atual número um do mundo, expressou sua preocupação sobre a participação de mulheres trans em torneios da WTA (Associação de Tênis Feminino). Durante uma entrevista com o apresentador britânico Piers Morgan, Sabalenka foi questionada sobre a opinião da ex-tenista Martina Navratilova, que também é contra a presença de atletas trans em competições femininas.
Sabalenka reconheceu que a questão é complexa e comentou que não tem nada contra as mulheres trans, mas acredita que elas podem ter uma vantagem em relação às mulheres que não passaram pela transição de gênero. Ela afirmou que é “injusto” que mulheres competem com jogadoras que, biologicamente, eram homens.
A tenista destacou o esforço que mulheres atletas dedicam ao longo de suas vidas para alcançar seus objetivos e se sente desconfortável com a ideia de que elas precisem enfrentar adversárias que, em sua visão, podem ter características físicas superiores.
Em um próximo evento, Aryna Sabalenka enfrentará o australiano Nick Kyrgios em Dubai, em uma reedição da famosa “batalha dos sexos”, que ocorreu pela primeira vez em 1973 entre Billie Jean King e Bobby Riggs.
Atualmente, a participação de mulheres trans em torneios da WTA é permitida, mas com algumas regras. Para competir, essas atletas devem provar que a concentração de testosterona em seu sangue se manteve abaixo de 2,5 nanomoles por litro nos últimos dois anos. Além disso, elas precisam enviar um documento que comprove sua identidade de gênero feminina ou não binária.
Até o momento, não há mulheres trans entre as principais posições do circuito WTA. Um exemplo notável na história do tênis é Renée Richards, que competiu como Richard Raskind na década de 1950 e, após a transição, teve uma carreira no circuito feminino nos anos 70 e 80. Após se aposentar em 1981, ela também atuou como treinadora, incluindo Martina Navratilova entre suas alunas.