quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Como peixes pulmonados respiram fora da água sem sufocar?

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[email protected] 1 semana atrás - 4 minutos de leitura
Como peixes pulmonados respiram fora da água sem sufocar?
Como peixes pulmonados respiram fora da água sem sufocar?

Descubra as adaptações físicas e comportamentais que permitem a esses peixes trocar gases fora da água sem perder oxigênio ou sufocar.

Você já viu imagens de peixes fora d’água e pensou como eles não sufocam? Peixes pulmonados têm uma rotina bem diferente dos outros peixes. Eles conseguem respirar ar atmosférico usando estruturas semelhantes a pulmões.

Neste artigo eu explico, de forma direta e com exemplos reais, como peixes pulmonados respiram fora da água sem sufocar? Vamos ver anatomia, comportamento e os truques que mantêm esses animais vivos quando não estão nadando.

O que este artigo aborda:

O que são peixes pulmonados?

Peixes pulmonados são um grupo antigo de peixes capazes de respirar ar. Exemplos conhecidos são o lepidosiren (América do Sul), o protopterus (África) e o neoceratodus (Austrália).

Eles têm brânquias reduzidas e órgãos respiratórios internos que funcionam como pulmões. Isso permite a troca gasosa direta com o ar.

Como funcionam os pulmões e as brânquias?

Ao contrário das brânquias, que trocam gases na água, os pulmões desses peixes trocam oxigênio e dióxido de carbono com o ar.

Muitos peixes pulmonados possuem um par de bolsas gasosas conectadas à faringe. Essas bolsas têm paredes finas, ricas em vasos sanguíneos, onde ocorre a difusão do oxigênio.

As brânquias continuam a existir, mas em muitos casos servem mais para eliminar íons e resíduos do que para oxigenação quando o peixe está fora d’água.

Mecanismos que evitam o sufocamento

A pergunta central volta sempre: como peixes pulmonados respiram fora da água sem sufocar? A resposta envolve vários mecanismos combinados.

  • Gulping ou bombeio bucal: O peixe abana a boca e a faringe para puxar ar até os pulmões e expulsar ar usado.
  • Pele úmida e cutânea: Em alguns casos, a pele ajuda na troca gasosa, desde que esteja úmida.
  • Estivação com muco: Ao secar o ambiente, muitos formam um casulo de muco que mantém a umidade e permite trocas gasosas lentas.
  • Controle do fluxo sanguíneo: O coração e os vasos desviam sangue para os pulmões quando necessário, maximizando a oxigenação.

Comportamentos e adaptações para sobreviver fora da água

Além da anatomia, o comportamento é decisivo. Quando a água some ou perde oxigênio, esses peixes mudam a rotina.

Muitos procuram locais úmidos, enterram-se em lama ou formam uma câmara de ar sob folhas e cascas. A umidade preserva a eficácia dos pulmões e da pele.

Durante a estivação, o metabolismo cai. Menos oxigênio é necessário, e a respiração torna-se mais lenta e eficiente.

Exemplo prático

O protopterus africano enterra-se no lodo e envolve-se em muco. Lá dentro ele respira ar periodicamente, mantendo a vida por meses.

O lepidosiren pode permanecer em valas rasas, respirando ar e usando as brânquias apenas quando volta para água mais oxigenada.

Adaptações cardiovasculares

Uma parte menos visível, mas crucial, é o sistema cardiovascular. O coração de peixes pulmonados tem adaptações que permitem separar melhor o sangue que vai para os pulmões daquele que circula pelo corpo.

Esse desvio melhora a eficiência na captação de oxigênio do ar e reduz a mistura com sangue pobre em oxigênio.

Como observar sem prejudicar

Se pretende estudar ou fotografar peixes pulmonados, respeite algumas regras simples.

  1. Não remova o peixe do seu ambiente: Saídas prolongadas do habitat causam estresse e risco de desidratação.
  2. Mantenha as mãos úmidas: Toques secos removem a camada protetora da pele e afetam a troca gasosa.
  3. Evite luz e calor excessivos: Isso acelera a perda de água e aumenta a chance de sufocamento.

Curiosidades rápidas

  • Idade do grupo: Peixes pulmonados existem há centenas de milhões de anos.
  • Variação de pulmões: Algumas espécies têm pulmões altamente desenvolvidos, outras usam mais a pele.
  • Resistência: Em condições extremas, alguns suportam meses sem água, graças à estivação e ao armazenamento de energia.

Resumo prático

Para recapitular: a combinação de pulmões, comportamento de busca por umidade, redução metabólica e adaptações cardiovasculares explica como peixes pulmonados respiram fora da água sem sufocar?

Esses elementos trabalham juntos para manter a troca gasosa, evitar desidratação e garantir oxigênio suficiente mesmo fora da água.

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